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quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Ser gay e ser católico
Acreditamos firmemente na incondicionalidade do amor de Deus por cada um de seus filhos. Acreditamos também que a Boa Nova de Cristo foi, sim, que Ele veio para todos, sem distinção, e que a todos ama igualmente. Acreditamos que Cristo veio também para os excluídos, para os oprimidos, para os incompreendidos, para os perseguidos por serem aquilo que são.
Acreditamos na Santa Igreja Católica - a qual é não apenas o Magistério (a hierarquia do Papa e dos bispos), mas sim o corpo do povo de Deus que crê em Jesus Cristo e procura viver de acordo com Ele. Acreditamos que as posições do Magistério no decorrer de dois mil anos de história já passaram por inúmeras transformações e estão em constante mudança. E é preciso que seja assim, porque a revelação de Deus para nós se dá ao longo da História.
Esclarecemos que a posição oficial do Vaticano hoje, tal como expressa no Catecismo da Igreja Católica, não é de que a homossexualidade deve ser "combatida"; pelo contrário, a Igreja reconhece que os homossexuais foram criados por Deus tal como são e "devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta" (Catecismo da Igreja Católica, 2358).
Do mesmo modo, a Igreja tampouco atribui ao papa ou à hierarquia do clero a primazia de detentores da Verdade. Com efeito, desde o Concílio Vaticano II e tal como expresso também no Catecismo da Igreja, esta reconhece o primado da consciência individual em sua relação com Deus.
O Vaticano II reconhece que cada ser humano deve antepor qualquer dever ou lei à sua própria consciência. “A consciência é o núcleo mais secreto e o sacrário do homem, no qual se encontra a sós com Deus, cuja voz se faz ouvir na intimidade do seu ser”, diz o parágrafo 16 da Constituição Dogmática Gaudium et Spes.
O documento citado indica que a mediação plena para a ação do homem é a sua consciência. Obedecer à consciência é o que se pode fazer de melhor para agradar a Deus.
Para quem quiser se aprofundar no tema, indicamos a leitura das perguntas frequentes no nosso site -sobretudo a resposta a "Se a Igreja condena a homossexualidade, como é possível uma pessoa gay ser católica?".
Caso você tenha qualquer dúvida ou divergência e queira conversar, caro leitor, será sempre bem-vindo para uma saudável troca de idéias. Acreditamos que só com respeito às diferenças, tolerância e diálogo fraterno podemos efetivamente crescer no amor de Deus e cumprir a missão de ajudar na construção do Reino do Pai, que é também de cada um de nós.
Nosso forte e caloroso abraço.
Equipe Diversidade Católica
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Post publicado originalmente em 25/01/2011
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