Pesquisar este blog

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Prayers for Bobby


Um excelente filme sobre religião e homossexualidade. O filme trata da história da luta de uma mãe ao lidar com a homossexualidade do filho. Este filme é particularmente especial porque foi baseado em fatos reais. Não é um script de roteiro inventado dramatizado para atrair platéias ou filme político-partidário visando conduzir a opinião pública. Apenas focou-se em relatar a história completa de um caso em particular. Talvez por isso podemos chamá-lo de “neutro”, pois revela os pontos podres tanto da religião quanto dos meios homossexuais.
.
Bobby era um garoto de excelente currículo: inteligente, bonito, queria ser escritor. Atraia facilmente qualquer garota que quisesse. Mas não queria. Incomodado com isso revela ao irmão mais velho que é homossexual. A família de Bobby era muito unida e imediatamente a família inteira se dispôs de ajudá-lo na melhor maneira que fosse. Sua mãe, Mary, preocupada com a saúde e segurança do filho, recorreu à sua educação cristã tradicionalista que teve para tentar mostrar ao filho que havia sido “recrutado” por outros homossexuais pecadores.
.
Por outro lado, Bobby não se sentia dessa forma e percebeu que tinha dois caminhos: o de seguir os conselhos da mãe de tentar “curar” sua homossexualidade, ou o de atingir as promessas de mundo livre e de prazeres do envolvente mundo gay. Assim sendo, passou a freqüentar um bar para homossexuais em sua cidade chamado Armory, onde tentava envolver-se com outros homossexuais. Em uma cena do filme mostra Bobby se beijando com outro homem, mas por alguma razão, chateou-se com o ambiente e foi embora para casa.
.
O comportamento de Bobby também se altera: de uma hora para outra passa a chegar em casa cada vez mais tarde, larga a escola e não deseja mais ir à faculdade. Muita parte desse comportamento pode se dever em parte porque ele era tão conectado à sua mãe, de forma que, seu comportamento mudava à medida que a mãe também mudava. Ela procurou ler leituras sobre a homossexualidade de uma perspectiva religiosa e estava realmente acreditando que a homossexualidade era anormal e pecaminosa. Procurou ajuda psiquiátrica, levou Bobby para cursos na igreja adventista, incentivou o pai e o irmão se envolverem mais na vida de Bobby e até tentou arrumar-lhe uma namorada. Conforme a mãe assumia uma postura radical, Bobby fazia o mesmo, vestindo-se diferente, andando com mão na cintura e levando “amizades” estranhas para casa.
.
Um dia, uma prima da qual gostava muito vem visitá-los e convida Bobby a ir à Portland. Lá ele se interessa por um rapaz chamado Daniel e ambos se envolvem profundamente. Daniel procura apoiar Bobby, incentivando sua autoestima, a enfrentar sua mãe e fazendo-o crer que ela devia aceitar as coisas como são. Bobby passa a ver Portland como uma espécie de “refugio”. Decide se mudar para lá, conseguindo manter contato com alguém da família – sua prima – , focar no seu projeto de ser escritor, além também de ser uma cidade com estrutura aparentemente melhor para receber homossexuais, tanto do ponto de vista de entretenimento (bares, restaurantes, boates etc), quanto do ponto de vista religioso, pois Bobby encontra a Igreja Comunitária Metropolitana, na qual passa a freqüentar. Entretanto um vazio muito profundo toma conta de Bobby. Numa noite ele liga para Daniel e este não atende ao telefone e parece ter lhe dado as costas. Desiludido, Bobby decide cometer suicídio, jogando-se de uma ponte em cima de uma rodovia.
.
A conexão entre a mãe e Bobby era especialmente profunda, pois de todas as coisas que poderia encontrar em Portland, apenas uma não poderia achar, que era a sua mãe. Ela tinha sido relutante à idéia do filho ir para aquela cidade, pois sabia que o filho estava indo por causa de um rapaz. Vendo na televisão que a epidemia de AIDS no inicio dos anos 80 começa a se espalhar rapidamente entre homossexuais, a mãe teme pela vida do filho, pela sua segurança e saúde. Certa de que os ambientes freqüentados por Bobby não seriam saudáveis, a mãe toma a decisão de não despedir-se do filho quando ele viaja.
.
A morte de Bobby deixa a mãe transtornada, pois esta queria mesmo reencontrar a família no Paraíso, sem nenhum membro faltando por estar no Inferno pagando pelos pecados. Sua educação lhe diz que todo homossexual e suicida vai parar no Inferno e isso a deixa transtornada, pois sabia que no fundo, Bobby não era uma pessoa má e não merecia esse destino. Os pastores de sua igreja não conseguem atender à dor da mãe e respondem apenas reafirmando mais ainda sua condenação à homossexualidade. A mãe, em busca de respostas, passa a ler o diário do filho e descobre que ele freqüentava a Igreja Comunitária Metropolitana. Ela vai lá, e pergunta ao pastor sobre passagens bíblicas escritas no Levitico, sobre a lenda de Sodoma e Gomorra e entre outros. O pastor responde às suas dúvidas e apresenta a ela outra mulher, também mãe de homossexual. Esta lhe convida para ir a uma sessão de um grupo de apoio a pais homossexuais.
Só depois de meses, finalmente percebe que seu filho não estava envolvido em pecado algum e passa a acreditar que seu comportamento, ao invés de ajudar o filho como esperava, acabou prejudicando-o. Tomada pela dor e sentimento de culpa, passa a se envolver mais no ativismo gay. Numa audiência pública pela criação de uma data “dia dos homossexuais”, ela se levanta e discursa a uma platéia.

-x-x-x-

O final dessa história é particularmente interessante, pois Bobby não acreditava que sua mãe pudesse um dia mudar de sua postura tradicionalista. Estava enganado, pois isso ocorreu em questão de meses. Uma coisa que chama a atenção é que a propaganda homossexual em geral promete um estilo de vida “libertador”, do tipo que se acha permitir livrar as pessoas de um mundo de mentiras e permiti-las “curtir a vida”. Não se pode condenar a religião, ou até mesmo a suposta “postura homofóbica” da mãe quando os mesmos ambientes homossexuais não conseguiram acolher Bobby. Ele não sentiu alívio freqüentando boates de homossexuais e tão pouco indo à Igreja Comunitária Metropolitana. No final, só a mãe de Bobby poderia ajudá-lo, era o amor dela que ele precisava, mas a impaciência e a sede de viver o levaram à Portland, distanciando-se da mãe. No final, pode-se dizer que Bobby foi iludido por uma falsa propaganda de liberdade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário