Durante muito tempo me interroguei
quando virás? Quando surgirás tu?
Nascerás da erva
emergirás do desconhecido
ou não és mais que um impossível amanhã?
Durante muito tempo me interroguei
e quando sondei os espelhos do tanque
dispersei-me entre os fragmentos dos espelhos
não encontrei o meu rosto em estilhaços
Vi-te a ti
e quando estendi as mãos
para tocar o teu rosto
os sinais da minha última ilusão dissiparam-se
tu dispersaste-te como os espelhos do tanque
e sobre a água ficou
um pássaro morto
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